Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

AMA aprova ampliação do limite de gastos com pessoal nas prefeituras

Câmara Federal aprovou mudanças na LRF; medida ainda depende de sanção presidencial

Mesmo em final de mandato da atual legislatura, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e permite aos prefeitos gastarem mais de 60% das receitas com a folha de pessoal. A matéria, comemorada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), segue para sanção presidencial para entrar em vigor. Para especialistas, a medida segue em sentido contrário a necessidade de equilíbrio fiscal no País e poderá agravar ainda mais o atual quadro, ao liberar ainda mais os gastos para os gestores.

Pela proposta aprovada, quando as receitas dos municípios sofrerem queda acima de 10%, os prefeitos poderão consumir mais de 60% dos recursos para pagamento de pessoal. A polêmica decisão, se passar a valer, livra os prefeitos de punições e contraria a LRF, uma lei complementar criada pelo Poder Executivo e sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que tem como objetivo impor o controle de gastos à União, estados e municípios, condicionando-os à capacidade de arrecadação dos tributos de cada ente federativo.

Leia também

Caso entre em vigor, a mudança beneficiará prefeituras como a de Maceió, administrada pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB). Segundo dados do Tesouro Nacional,  o município gasta 62% de sua arrecadação com o pagamento de pessoal - que inclui servidores, comissionados e aposentados. O limite máximo até então permitido é de 60% e os gestores e municípios que descumprirem podem sofrer sanções que incluem até mesmo o cancelamento de repasses de recursos do governo federal para convênios com as localidades.

"Não há no que se discutir. Considero uma forma justa. As prefeituras perderam índices do FPM [Fundo de Participação dos Municípios], mas mantêm o mesmo quadro efetivo. É impossível para o gestor manter o percentual exigido pela LRF numa situação dessa.  Há quatro anos que vivemos momentos de instabilidade financeira no País e a tendência é piorar.  A cada dia tem sido mais difícil para os gestores", avalia o presidente da AMA, prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley.

Ele justifica a necessidade de aprovação da medida, ao afirmar que a maioria dos 102 municípios alagoanos precisam manter programas federais com pessoal e isso implica em gastos, além dos reajustes salariais ao funcionalismo público. "Fica difícil cumprir essa meta de 60%", pontua.

De acordo com o Índice de Gestão Fiscal da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), publicado em 2016 e até então o único a tratar sobre a questão, 87% dos municípios brasileiros já enfrentavam a pior situação fiscal dos últimos 10 anos.  No documento, são citados entre as causas os elevados gastos obrigatórios com o pagamento de pessoal, no momento em que as receitas caem, como acontece atualmente, traduzindo-se em mais endividamento para as prefeituras. Como resultado, R$ 11,4 bilhões já deixaram de ser investidos pelos municípios somente em 2015, devido também à retração econômica no País, que resultou na redução das receitas.

Para especialistas da área política, para que o equilíbrio fiscal dos municípios seja preservado, o correto seria fornecer às prefeituras mecanismos eficazes para o corte de despesas, que incluem a redução de privilégios, ao invés de permitir mais gastança aos gestores. Liberar a possibilidade de ampliação das despesas com pessoal, consideram, deve fazer crescer ainda mais o deficit público e incentivar as prefeituras a serem menos cuidadosas na contenção dos custos.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas

X