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Caso Ana Beatriz gera comoção na Câmara e levanta alerta sobre saúde mental materna

Revelação causou indignação e, ao mesmo tempo, reacendeu a discussão


			
				Caso Ana Beatriz gera comoção na Câmara e levanta alerta sobre saúde mental materna
Caso Ana Beatriz gera comoção na Câmara e levanta alerta sobre saúde mental materna. Ascom CMM

O caso da pequena Ana Beatriz, recém-nascida de apenas 15 dias encontrada morta dentro de um armário de material de limpeza em sua própria casa, no município de Novo Lino, interior de Alagoas, comoveu o país e gerou reações emocionadas e reflexivas durante a sessão desta terça-feira (16), na Câmara de Vereadores de Maceió.

A mãe da criança, Eduarda Silva Oliveira, chegou a apresentar cinco versões distintas sobre o suposto sequestro, antes de confessar à polícia que havia matado a filha. A revelação causou indignação e, ao mesmo tempo, reacendeu a discussão sobre a saúde mental das mães, especialmente nos primeiros dias após o parto.

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A brutalidade do crime abalou os parlamentares, em especial as vereadoras da capital. Embora a maioria tenha evitado comentar diretamente o caso em plenário, algumas manifestaram preocupação com o julgamento precipitado da mãe, apontando indícios de que Eduarda poderia estar sofrendo de depressão pós-parto. A vereadora Silvânia Barbosa (Solidariedade) foi uma das vozes mais sensíveis à questão.

“Antes, quando recebia uma notícia dessas, de mãe que mata seu filho após o parto, eu também condenava. Depois que passei por uma situação dessa, entendi que estamos diante de um problema de saúde mental muito sério.”

Para Silvânia e outras parlamentares, o caso não pode ser analisado apenas sob a ótica criminal. Ela destacou a importância de uma avaliação psiquiátrica urgente da mãe da criança, ressaltando que ninguém, em sã consciência, tira a vida do próprio filho.

“É evidente que isso não é normal. É uma tragédia que pode ter raízes muito mais profundas na saúde mental e no histórico de vida dela”, afirmou. A vereadora também criticou o pré-julgamento popular.

“Pessoas que não têm formação na área falam como se fossem especialistas, sem considerar o sofrimento por trás.”

A vereadora Jeannyne Beltrão (PL), emocionada, comentou que, como mãe, não consegue encontrar justificativas para o ocorrido, mas reforçou a necessidade de um debate mais profundo sobre saúde mental feminina.

“A depressão pós-parto só conhece quem já passou por ela ou acompanhou alguém próximo”, observou.

Teca Nelma (PT) foi categórica ao dizer que não se pode fazer juízo de valor sem diagnóstico, ressaltando a gravidade da situação e o cuidado necessário antes de conclusões apressadas.

Também se manifestou a vereadora Olívia Tenório (PP), destacando o abalo emocional provocado pelo caso em muitas mulheres.

“Sou mãe e sei que, em condições normais, nenhuma mulher quer o mal do próprio filho”, afirmou, defendendo que a sociedade deve aguardar as investigações para compreender a totalidade dos fatos.

Do lado masculino da Câmara, o vereador David Empregos (UB) lamentou a morte da recém-nascida, enquanto o delegado e vereador Thiago Prado (PP) classificou o crime como um dos mais cruéis já registrados no estado. Já Leonardo Dias (PL) evitou críticas diretas à mãe, mas afirmou que a “sociedade está falida” diante da violência intrafamiliar, atribuindo essa decadência à perda de valores espirituais e familiares.

Durante a sessão, foi lembrada a existência da lei da “Entrega Legal”, de autoria do vereador Syrderlane Mendonça (PL), aprovada em 2017, que permite às mulheres entregarem seus filhos para adoção em unidades de saúde, sem necessidade de responder criminalmente.

“A mãe pode não ter tido alternativa, mas se ela soubesse dessa lei, talvez a história tivesse sido outra”, declarou Syrderlane.

A tragédia que paralisou a cidade de Novo Lino e mobilizou as forças de segurança de Alagoas desde a última sexta-feira (11) também serviu de pano de fundo para outras pautas na sessão. O ex-prefeito e vereador Rui Palmeira (PSD) denunciou um débito de mais de R$ 10 milhões da Prefeitura de Maceió com o consórcio formado pelas empresas Telesil e Uchoa, responsáveis por obras de pavimentação e drenagem no bairro Tabuleiro Novo. Segundo ele, a dívida ameaça paralisar os serviços, que estão 80% concluídos.

Encerrando a sessão, o presidente da Câmara, Chico Filho (PL), fez um discurso de mais de 30 minutos em defesa da atual gestão do prefeito JHC. Ao lado de aliados, como os vereadores Thiago Prado (PP) e Brivaldo Marques (PL), destacou avanços na área da saúde, como o atendimento mais ágil a pacientes com câncer e diabetes. Apesar dos elogios à rede municipal, o caso Ana Beatriz permanece como um alerta para as falhas no acolhimento psicológico de mães em situação de vulnerabilidade.

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