
O presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Chico Filho (PL), publicou uma portaria, para fazer cumprir a decisão da Justiça Eleitoral que determinou o afastamento de um vereador e de servidores comissionados ligados ao gabinete dele, com base na Operação Falácia, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada.
Chico proibiu os investigados de ter acesso às dependências do Poder Legislativo Estadual e orientou o quadro de servidores da Casa a não ter contado com os alvos da ação policial. As medidas estão publicadas na edição desta terça-feira (29), do Diário Oficial do Município.
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Para estas providências, o presidente considerou a decisão proferida pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral de Maceió na ação criminal que determinou uma série de medidas cautelares contra o vereador e servidores nomeados por ele na Câmara.
“Considerando a necessidade de imediato cumprimento da ordem judicial, resolve cumprir a decisão judicial e proceder o afastamento cautelar de suas funções e atividades no âmbito da Câmara Municipal de Maceió-AL do vereador e dos servidores mencionados na decisão judicial, a partir desta data, enquanto perdurar a determinação do juízo eleitoral”, diz um trecho da portaria.
Nela, Chico Filho proíbe o acesso às dependências da Câmara Municipal das pessoas afetadas pela decisão da Justiça Eleitoral até que outra ordem seja expedida. E orientou os membros do Poder Legislativo e os servidores a evitarem o contato pessoal ou telefônico, ainda que mediante terceiros, com os investigados. A medida também está expressa na determinação judicial.
O vereador por Maceió, Siderlane Mendonça (PL), usou as redes sociais para se pronunciar após ser um dos alvos da Operação Falácia. Na gravação, o parlamentar alega estar sendo vítima de perseguição política e afirma que não tem conhecimento sobre o teor da investigação.
'FALÁCIA'
A operação tem como objetivo desarticular um grupo suspeito de praticar crimes como corrupção, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais na capital alagoana.
Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo, além de 17 medidas cautelares diversas da prisão, entre elas o afastamento do cargo de um vereador — apontado como líder do esquema — e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 200 mil.