O teste do bafômetro do piloto da lancha causador de um acidente que resultou na morte do alagoano Mário Cabral deu negativo. Apesar do resultado, testemunhas alegaram ter visto o homem ingerindo bebida alcoólica durante o passeio.
Para o delegado do caso, José Raimundo Nery Pinto, isso provavelmente se deve ao intervalo de tempo entre o acidente, ocorrido por volta das 15h, e o exame, realizado em torno de 23h do mesmo dia, pela Marinha.
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O piloto identificado como Aldir do Rosário chegou a prestar socorro às vítimas, porém, fugiu em seguida e foi encontrado com sinais de embriaguez.
Ele foi preso em flagrante horas depois e deve responder pelos crimes de expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea; com pena de 4 a 12 anos pelo agravante de ter resultado em submersão da lancha e ainda pelo crime doloso de perigo comum com resultado de lesão corporal de natureza grave, cuja pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro.
Se comprovado que o homem fazia uso de álcool durante o trabalho, ele será tratado como reincidente. Isso porque, meses atrás, ele se envolveu em outro acidente após pilotar lancha ingerindo bebida alcoólica. Na ocasião, uma pessoa se feriu.
Duas pessoas morreram
A colisão que matou o alagoano Mário André Machado Cabral, de 34 anos, e a goiana Larissa Fanny Galantini Pires, 35, aconteceu no trecho conhecido como “Rio do Inferno”. O condutor da outra lancha chegou a ficar em estado grave, mas recebeu alta médica no sábado (30).