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O impacto silencioso das redes sociais na saúde mental: um olhar fenomenológico-existencial

Redes sociais, quando usadas de forma inconsciente, podem se transformar em armadilhas emocionais


			
				O impacto silencioso das redes sociais na saúde mental: um olhar fenomenológico-existencial
Odette Bacaro é Psicóloga Clínica. Arquivo pessoal

Estamos imersos em um mundo digital que oferece estímulos constantes, conexões imediatas e uma vitrine infinita de vidas aparentemente perfeitas. A nova série Adolescentes, disponível em uma grande plataforma de streaming, traz à tona de maneira sensível e impactante o quanto as redes sociais têm influenciado negativamente a saúde emocional dos jovens. Mas o que nem sempre percebemos é que esse impacto não se restringe à adolescência — ele se estende a adultos, pais, professores e profissionais que também estão presos nesse ciclo.

O scroll infinito e a dopamina: prazer ou armadilha?

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Você já reparou que no Instagram, TikTok e YouTube nunca há um fim? Essa funcionalidade, chamada de scroll infinito, foi desenhada para manter o usuário envolvido indefinidamente. A cada nova postagem, nosso cérebro pode liberar dopamina — o neurotransmissor associado à sensação de prazer e recompensa. É o mesmo mecanismo ativado em comportamentos compulsivos.

O problema surge quando esse prazer imediato se torna uma necessidade constante, levando à dificuldade de concentração, aumento da ansiedade e sensação de vazio existencial. No consultório, é comum ouvir relatos de pacientes que passam horas nas redes sociais sem perceber, buscando alívio para o tédio, a solidão ou a insegurança — mas saem da experiência ainda mais ansiosos e desconectados de si mesmos.

Um olhar fenomenológico-existencial sobre o uso das redes

Na Psicologia Fenomenológica Existencial, não se trata de classificar o comportamento como certo ou errado, mas de compreender como cada pessoa vive e significa suas experiências. As redes sociais, nesse contexto, tornam-se um espelho de nossas angústias e desejos — muitas vezes revelando o quanto estamos distantes da nossa própria essência.

Quando nos comparamos excessivamente, nos desconectamos do nosso valor real. Quando buscamos validação externa, nos afastamos da liberdade de ser quem realmente somos. O existencialismo nos convida a assumir a responsabilidade pela forma como nos posicionamos diante da vida — inclusive no universo digital.

Como se proteger?

A solução não está necessariamente em abandonar as redes, mas em criar uma relação mais consciente com elas. Aqui vão algumas práticas que podem ajudar:

• Defina um tempo limite diário para uso das redes sociais. Use os próprios recursos do celular para monitorar e controlar o tempo.

• Reavalie quem você segue: perfis que geram comparação, culpa ou sensação de inadequação podem ser silenciados. Siga conteúdos que te nutram emocionalmente.

• Pratique o detox digital: ao menos uma vez por semana, desconecte-se intencionalmente. Use esse tempo para se reconectar com o mundo real, com sua interioridade, com seus afetos.

Concluindo:

As redes sociais, quando usadas de forma inconsciente, podem se transformar em armadilhas emocionais. Mas, quando olhadas com responsabilidade e presença, também podem ser ferramentas de informação, conexão e crescimento. O convite da Psicologia Fenomenológica Existencial é que cada pessoa reflita: como estou me relacionando com o mundo digital? O que isso diz sobre mim e sobre minha forma de existir?

A resposta a essas perguntas pode ser o início de uma jornada mais autêntica e saudável — tanto no mundo virtual quanto no real.

Por Odette Bacaro

Psicóloga Clínica

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*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

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