
Após três dias de julgamento, o Tribunal do Júri da comarca de Penedo condenou, nessa sexta-feira (25), Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira pelo assassinato de Roberta Costa Dias, ocorrido em abril de 2012. A vítima estava grávida de três meses e era estudante do curso técnico de Meio Ambiente do Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
Karlo Bruno Pereira foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. Já Mary Jane Araújo Santos recebeu pena de um ano e 10 meses, a ser cumprida em regime aberto.
Leia também
Segundo o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), representado pelo promotor de Justiça Sitael Jones Lemos, os réus foram responsabilizados por homicídio triplamente qualificado, aborto provocado por terceiro, ocultação de cadáver e corrupção de menores. No entanto, no caso de Karlo Bruno, os crimes de ocultação e corrupção foram considerados prescritos por ele ter menos de 21 anos à época do crime.

O crime foi motivado pela não aceitação da gravidez por parte do pai da criança, Saullo de Thasso Araújo dos Santos, filho de Mary Jane. Roberta foi levada até uma rua próxima a um posto de saúde e morta por asfixia com um fio automotivo. O corpo foi enterrado na Praia do Pontal do Peba, no município de Piaçabuçu.
A ossada da jovem foi localizada apenas nove anos depois, após a mãe da vítima, Mônica Reis Costa, iniciar buscas no local. Ela encontrou parte dos restos mortais com o auxílio de uma retroescavadeira e acionou a polícia, que confirmou a identidade por exame pericial.
O JULGAMENTO
Durante o julgamento, oito testemunhas foram ouvidas. Saullo, inicialmente negando envolvimento, confessou o crime no tribunal, apontando Karlo Bruno como cúmplice. Mary Jane afirmou não ter conhecimento do plano.
O julgamento encerrou uma espera de 13 anos da família por Justiça.