
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) investiga se a morte do jovem Lucas Mateus Rufino Magalhães, de 22 anos, na Praia do Mirante da Sereia, em Maceió, tem relação com uma disputa entre facções criminosas. O crime ocorreu na manhã desse domingo (6) e chamou a atenção pela violência e pela dinâmica da execução, realizada em um local público e movimentado.
Segundo o delegado Sidney Tenório, diretor da DPJ1 (Diretoria de Polícia Judiciária 1), embora Rufino não tivesse passagem pela polícia, a principal linha de investigação aponta para um possível envolvimento com grupos criminosos.
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“É a principal linha, pela forma que foi feito. As facções criminosas agem dessa forma. Elas aproveitam um momento de oportunidade da vítima. Naquele momento era na praia, várias pessoas estavam lá”, afirmou o delegado.
Testemunhas informaram que entre quatro a cinco homens encapuzados abordaram Rufino e atiraram diversas vezes. Após o crime, o grupo fugiu por uma rua paralela à praia e se embrenhou em uma área de mata.
O delegado informou que já foram iniciadas as oitivas com testemunhas, incluindo a namorada da vítima, duas amigas e um funcionário de um restaurante próximo ao local do crime, que devem ser ouvidos nos próximos dias.
Um dos pontos que chamou a atenção da polícia foi uma transmissão ao vivo feita pela namorada de Rufino pouco antes da execução. Segundo Sidney Tenório, a live pode ter ajudado a revelar a localização exata do grupo para os criminosos.
“A polícia tem acesso aos vídeos que a namorada fez, momentos de distração deles, dando a localização exata de onde eles estavam. Claro que pode ter sido coincidência ou eles já estavam planejando cometer o crime”, destacou.
Ainda de acordo com o delegado, a namorada de Rufino declarou que não conseguiu identificar os autores dos disparos. A investigação também considera a possibilidade de que o motivo do crime tenha origem em problemas que a vítima teria na região do Benedito Bentes.
A Polícia Civil segue trabalhando para identificar os autores e confirmar a motivação do crime. Informações podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque Denúncia, no número 181.