
Com o passar dos anos, o corpo feminino muda — e a forma como hidratamos também deve acompanhar esse ritmo. Entenda por que a água é ainda mais vital após os 40.
A água representa cerca de 60% do corpo humano, mas à medida que envelhecemos, essa proporção diminui. E isso tem consequências diretas para a saúde. Para mulheres acima dos 40 anos, manter uma boa hidratação é mais do que uma recomendação básica — é uma estratégia inteligente de longevidade.
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Com a queda natural dos hormônios sexuais (como o estrogênio) e da massa muscular, a distribuição e retenção de água no corpo muda. Isso significa que os sinais de desidratação podem aparecer mais rapidamente e serem mais sutis: fadiga, dores de cabeça, ressecamento da pele, constipação e até alterações de humor.
Um estudo publicado na revista Nutrients (2023) reforça que a ingestão inadequada de água está associada a maior risco de doenças cardiovasculares, alterações renais e piora da função cognitiva em populações de meia-idade e idosos — sendo as mulheres particularmente vulneráveis devido às mudanças hormonais do climatério¹.
Além disso, a hidratação influencia diretamente a resposta inflamatória do corpo. Um organismo bem hidratado regula melhor a temperatura, elimina toxinas com mais eficiência e protege articulações e tecidos — o que, em mulheres que praticam atividade física, é crucial para recuperação muscular e prevenção de lesões.
Mas atenção: não basta “beber água” — é preciso beber de forma estratégica. O ideal é distribuir a ingestão ao longo do dia, observar a cor da urina (quanto mais clara, melhor) e considerar alimentos ricos em água, como frutas e vegetais. Suplementar com eletrólitos em dias muito quentes ou de treino intenso também pode ser uma boa escolha.
Hidratar-se é um ato de autocuidado. Pequeno, mas poderoso.
Referência científica:
¹ Vieux, F., Maillot, M., Constant, F., & Drewnowski, A. (2023). Water and Beverage Consumption Patterns among Women: Associations with Age and Health Indicators. Nutrients, 15(6), 1305. https://doi.org/10.3390/nu15061305
Gabriela Maria Serafim Rompe (CRM 162.965)
Médica com Prática Ortomolecular
*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.